Incidência do câncer colorretal

O câncer colorretal persiste como uma das neoplasias de maior incidência no mundo ocidental.

Ele ocupa no Brasil, o quarto lugar entre todos os tumores malignos e, também, o quarto lugar em mortalidade por câncer.

Infelizmente, na maioria dos pacientes, o diagnóstico é feito na fase avançada da doença.

 

 

A importância da Colonoscopia

Mesmo as alterações visualizadas ao enema opaco (Raio-X) e a outros exames de imagem (Ultrasson, Tomografia, Ressonância Magnética) requerem avaliação complementar da colonoscopia.

Ela permite a confirmação diagnóstica através do estudo macroscópico da lesão e através da retirada de material para estudo histopatológico.

Além disso, os pacientes com câncer colorretal apresentam possibilidades de ter um outro tumor ou pólipos pré-malignos associados.

Essas lesões costumam ser pequenas ou planas e, portanto, passarem despercebidas ao enema opaco com duplo contraste mesmo o de boa qualidade.

Por essa razão, a colonoscopia pré-operatória deve ser realizada nos pacientes com indicação de cirurgia eletiva para carcinoma colo-retal.

Quando algum pólipo for detectado em segmento cólico distante do tumor, por seu caráter pré-maligno, ele deve ser ressecado. Os pacientes com tumor obstrutivos, devem realizar a colonoscopia 2 a 3 meses após a cirurgia, pelas mesmas razões.

 

O valor da Colonoscopia para esclarecer anemia

A anemia ferropriva requer avaliação do trato gastrointestinal, mesmo se a pesquisa do sangue oculto nas fezes for negativa, já que as lesões podem sangrar intermitentemente.

Como o carcinoma colorretal é um achado frequente em pacientes com anemia ferropriva, a colonoscopia tem importante papel na avaliação desses pacientes.

 

 

 

 

A Colonoscopia é útil para esclarecer a causa de estreitamento?

Sim, os estreitamentos segmentares identificados por meio do enema opaco ou por outro exame de imagem necessitam de avaliação colonoscópica complementar para definir a sua causa.

Eles podem ser funcionais, consequentes a espasmos da parede colônica ou orgânicos.

Estes podem ser decorrentes de processo inflamatório cicatricial ou neoplásico. A colonoscopia com biópsias é útil para diferenciar as causas desses estreitamentos.

Além do diagnóstico a colonoscopia pode também promover dilatação seguida ou não de colocação de próteses transtumoral.

 

Avaliação de pacientes com sangramento retal

Tanto a perda de sangue vivo pelo reto como a perda de sangue oculto nas fezes são indicações para a colonoscopia, principalmente em pacientes idosos. O carcinoma de reto ou de cólon pode ser encontrado em pacientes idosos com sangramento por via retal.

Além disso, a colonoscopia possui numerosas vantagens sobre os outros métodos de avaliação de sangramento retal. Ela permite o diagnóstico de lesões planas como as angiodisplasias e permite, ainda, identificar a fonte do sangramento, independentemente, se estiver com sangramento ativo ou cessado recentemente.

Ela é útil, ainda, naqueles pacientes com melena e com o trato digestivo alto sem alterações.

 

O papel da Colonoscopia no câncer retal

As lesões neoplásicas localizadas no cólon distal e no reto podem ser estadiadas quanto à sua invasão loco regional, através da combinação da colonoscopia com a ultra-sonografia (eco-colonoscopia), o que permite planejar a terapia de maneira mais adequada.

Além disso, em casos selecionados, o plasma de argônio ou até mesmo um laser pode ser utilizado para tunelizar um tumor obstrutivo localizado no reto a fim de permitir um preparo de cólon mais adequado para a cirurgia ou mesmo como um tratamento paliativo nos tumores avançados.

 

Colonoscopia no tratamento do câncer colorretal precoce

Quando o pólipo ressecado apresentar algum tipo de degeneração, a polipectomia endoscópica poderá ser ou não considerada como tratamento definitivo.

Essa decisão dependerá de situações em que haja menor ou maior probabilidade de existirem metástases para os linfonodos ou da presença de carcinoma residual na parede cólica.

Assim, se após a ressecção endoscópica de uma lesão polipoide ou plana o anatomopatológico evidenciar uma lesão degenerada ou mesmo malignizada, isto é, já invadindo a submucosa, devemos nos perguntar se o paciente poderá ou não ser considerado curado através da polipectomia endoscópica.

Para responder a essa pergunta, existe a seguinte padronização de conduta:

 

1) quando a lesão ressecada for um pólipo com carcinoma "in situ" ou com carcinoma intramucoso, o tratamento endoscópico é considerado como definitivo, independente de ser uma lesão séssil ou pediculada;

2) se for um pólipo pediculado com um carcinoma invadindo a submucosa, pode ser considerado curado dependendo do grau de invasão e das características anatomopatológicas;

3) aconselha-se complementar a polipectomia endoscópica com uma ressecção intestinal quando houver invasão carcinomatosa em um pólipo séssil ou de um pedículo, quando o carcinoma for indiferenciado, quando houver êmbolos tumorais linfáticos ou venosos e quando houver invasão próxima à linha de ressecção.

 

Check up e rastreamento do câncer colorretal precose

A colonoscopia tem grande valor no acompanhamento e rastreamento de indivíduos assintomáticos pertencentes às seguintes populações de alto risco de desenvolverem câncer colo-retal:

1) Pessoas com história familiar de câncer;

2) Pessoas com história familiar de adenomas;

3) Pessoas com história de Síndrome Familiar com ou sem polipose;

4) Pacientes com história pregressa de câncer;

5) Pacientes com história pregressa de adenomas;

6) Pacientes com doença inflamatória intestinal crônica;

7) Pessoas com idade superior a 50 anos.

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