O que são Pólipos?

Pólipos são crescimentos anormais da mucosa do cólon, como pequenas protuberâncias, que variam de poucos milímetros até poucos centímetros. Geralmente são assintomáticos e de causa desconhecida.

Quando pequenas, essas lesões são benignas, mas, ao continuarem crescendo, podem transformar-se em lesões malignas. No passado recente, seu tratamento era realizado através da abertura do abdômen e do intestino.

Após o advento da colonoscopia, essas lesões são usualmente diagnosticadas e tratadas endoscopicamente com grandes vantagens. Assim, uma pinça ou alça de polipectomia geralmente conectada a um bisturi elétrico é introduzida pelo canal do colonoscópio, e faz-se a ressecção, de maneira segura, da maioria dos pólipos.

 

Colonoscopia no diagnóstico do pólipo e do câncer colorretal precoce

O sucesso do tratamento do câncer colorretal depende do seu diagnóstico precoce, ou seja, na fase em que a lesão ainda não se degenerou (lesões pré-malignas como os pólipos adenomatosos) ou na fase em que o carcinoma ainda se encontra na mucosa ou, no máximo, invadindo a submucosa.

As lesões polipoides adenomatosas são as mais frequentes, sendo achadas em uma a cada quatro colonoscopias, principalmente em pacientes idosos. Aproximadamente 10% dessas lesões sofrem malignização, 1,5% invadem a submucosa e essa sequência adenoma-carcinoma costuma demorar 5 a 10 anos. Portanto são de bom prognóstico. As lesões superficiais ou planas podem apresentar outra via carcinogênica, as vezes mais rápida e agressiva.

Conhecidas como "câncer de novo", originam-se diretamente em mucosa colorretal normal, isto é, sem um componente adenomatoso. Descritas inicialmente no Japão, têm sido observadas em algumas casuísticas ocidentais, numa frequência de uma para cada mil colonoscopias, principalmente no cólon direito e na faixa etária menor de 40 anos.

Essas lesões planas apresentam maior grau de malignidade, podendo invadir a submucosa em 16% das vezes e com comprometimento ganglionar em 40% dos casos, principalmente quando maiores de 1 cm e com componente de depressão na superfície. Essas características associadas ao fato de serem menores do que 1 cm, implicam na necessidade de uma atenção maior do colonoscopista por ocasião do exame.

O uso de corantes como o azul de metileno, o índigo carmin ou o crezil violeta, ao realçar o relevo das lesões, permite a observação de informações relativas às características que não são bem avaliadas pela endoscopia convencional.

Além disso, foram desenvolvidos aparelhos com magnificação de imagem que permitem aumentos que variam de 30 a 150 vezes do tamanho da lesão, a ponto de se conseguir classificar as aberturas das criptas glandulares ("pits") existentes nas lesões da mucosa cólica, as quais se relacionam com formas histopatológicas distintas.

 

A importância da colonoscopia no tratamento dos pólipos

Poucas técnicas influenciaram tanto um problema clínico como a colonoscopia, alterou o diagnóstico e o tratamento dos pólipos colorretais. Assim sendo, a polipectomia por colonoscopia tornou-se o procedimento de eleição para o tratamento dessas lesões, sendo segura e eficaz nas mãos de especialistas experientes e treinados.

Essas lesões, quando menores de 5 mm, são tratadas com o uso de pinças de biópsias ou da pinça tipo "hot biopsy". Quando maiores, são ressecadas com alças diatérmicas especialmente confeccionadas.

 

A ressecção endoscópica da mucosa deve ser reservada às lesões planas ou deprimidas com suspeita de serem neoplásicas e às lesões polipoides de base larga. Essa técnica, chamada de mucosectomia, é realizada pela aplicação da alça de polipectomia em lesão artificialmente elevada por meio da injeção de soro fisiológico na submucosa.

Caso não seja possível remover uma lesão maior de uma única vez, pode-se utilizar a técnica de fatiar a lesão ("piecemeal"), em uma ou mais sessões.

É importante ressaltar que todo pólipo ou lesão superficial ressecados devem ser encaminhados para exame histopatológico. Quando forem de origem adenomatosa, deve-se pesquisar possíveis alterações displásicas e ou de degeneração carcinomatosa.

 

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